quinta-feira, 24 de abril de 2025

Global Action Days - “O ponto de vista da Natureza”

Hoje tivemos mais uma Saída de Campo para continuar as atividades Global Action Days e usarmos a natureza como sala de aula para a atividade “O ponto de vista da Natureza”


Tínhamos como ajuda o Caderno de campo do Parque das Serras do Porto que nos ajudou a identificar muitas espécies.

O desafio era de olhar para o nosso planeta de uma perspetiva diferente, fazê-lo a partir dos olhos da natureza. Para isso, enquanto caminhávamos e usávamos o telemóvel e a máquina fotográfica para tirar fotografias, imaginávamo-nos no lugar dos pássaros, das borboletas, do pequeno "ribeiro", do carvalho e até das acácias ou das ervas-das-pampas. 

Cada vez que encontrávamos mimosas pequenas, tentávamos arrancá-las mas era muito difícil!

Logo no início da caminhada vimos uns carvalhos ainda pequenos mas ao seu lado várias ervas-das-pampas. Imaginámos que os carvalhos se sentiam ameaçados, ao ver uma invasora a tomar conta do espaço. As ervas-das-pampas deviam sentir-se importantes ao ver que aos poucos iam tomar conta do espaço das autóctones!

Ainda junto à estrada, como está tudo tão florido, pensámos logo nas borboletas, nas abelhas e noutros insetos. Tínhamos a certeza de que elas estavam felizes porque não lhes faltava alimento e o sol brilhava.

Numa zona com poucas árvores mas um coberto vegetal com muita biodiversidade imaginámos que tudo estaria bem. Havia uma grande variedade de plantas, a maioria com flor, e muitos insetos passeando sobre as pedras ou pousados nas flores. 


Saindo da estrada e entrando no monte, vimos uma águia voando a baixa altitude e pensámos que poderia estar à procura de comida ou preocupada e alerta, protegendo o ninho e as crias. 

 As paisagens eram fantásticas! Fomos ouvindo os nomes que a professora ia apresentando. Claro que não fixámos tudo mas vamos ter outras oportunidades para isso!

A cor predominante era o amarelo do tojo, das giestas, dos pampilhos, dos cistus ou da carqueja e o rosa da urze. Havia também algumas ervilhacas, de um cor-de-rosa muito forte. Encontrámos também algumas flores azuladas, como o rosmaninho, o cardo ou as pequeninas do linho selvagem. Havia também o branco da sargacinha, da camomila ou das margaridas. Quase no fim da caminhada ficámos fascinados com uma grande área que deve ter sido um campo cultivado e que parecia agora um mar branco ou uma nuvem!

Junto a uma zona com acácias parámos para observar o solo. Não havia plantas e imaginámos que nenhum animal gostaria de ali estar se não havia alimento nem abrigo! As acácias, tal como a erva-das-pampas, deviam sentir-se muito bem por ver que eram as donas de todo o espaço! 

Comparámos esse solo com o que encontrávamos debaixo dos carvalhos, dos sobreiros ou dos amieiros ou até nas zonas sem árvores e percebemos a diferença! Aí havia de certeza muito mais animais pois havia alimento e abrigo em grande quantidade. 

Pelo caminho percebemos que havia muita água, formando até poças no caminho. Os pássaros podiam parar para beber e . formigas. , que , mostrando o planeta e os seus problemas – de um ângulo diferente, pensando no lixo do ponto de vista de um pássaro, ou na desflorestação através dos ramos de uma árvore ou de um animal que habita uma árvore.

Vamos voltar aqui muitas vezes, de certeza, porque há ainda muito a explorar!

quarta-feira, 23 de abril de 2025

Global Action Days - “Descobre os heróis escondidos debaixo dos teus pés!” #GlobalActionDays and #GenerationRestoration @fee_global

Hoje assinalámos o segundo dia da Semana Global Action Days com a atividade “Descobre os heróis escondidos debaixo dos teus pés!".

Porque a nossa preocupação é sempre proteger a vida terrestre, falámos de minhocas, aqueles bichinhos que todos já viram, e tentámos perceber se seriam importantes ou não... O Kevin disse que eram porque faziam buracos na terra e alguém completou que assim entrava ar e água mais facilmente.

Para nos ajudar a perceber a importância destes animais a professora falou-nos do seu trabalho e aprendemos uma montanha de palavras novas: "matéria orgânica, matéria mineral, decompositores, solo, húmus, ...". Ouvimos novamente essas informações nos vídeos que vimos sobre as minhocas.

Ficámos a saber que as minhocas são invertebrados, não têm esqueleto. Podem ter  um tamanho que varia de apenas alguns centímetros a um ou dois metros de comprimento! Têm várias cores e um corpo formado por anéis, são anelídeos. Não têm patas, deslocam-se rastejando, e reproduzem-se por ovos.

As minhocas são muito importantes porque aceleram o processo de decomposição dos seres vivos, animais e plantas, transformando essa matéria orgânica em matéria mineral, produzindo o húmus, um adubo natural que  torna o solo mais rico. Já sabemos que percebemos se um solo é rico em nutrientes olhando para a sua cor que deverá ser escura.

Depois de cada um ter feito um texto escrevendo o que aprendeu sobre as minhocas, saímos para o recreio.

Por grupos tentámos encontrar um local onde pudéssemos encontrar minhocas.


Ninguém tinha dúvida que no retângulo de terra onde costumamos brincar não seria normal encontrá-las porque não há vegetação e o solo é muito arenoso e seco.

Fomos procurar para os canteiros e na zona do pomar. Encontrámos muitas formigas atarefadas a caminhar para o formigueiro, mas minhocas não... 


Junto ao charco, a zona onde todos concordávamos que havia minhocas pois havia muita vegetação, a professora mostrou-nos o compostor, relembrando como funcionava.

A professora despejou depois   em duas mesas um balde de húmus que tinha retirado do compostor.


Havia muitas, muitas, muitas minhocas!! Numa casca de noz estavam tantas que parecia um novelo!

Umas eram pequeninas, pouco maiores do que uma unha, outras maiores do que as nossas mãos. A maioria pegou nelas para as observar mas alguns não conseguiram, ficando a olhar.

Com uma lupa observámos os seus anéis, tentámos ver a cabeça e vimos como se deslocavam. 

No fim a professora colocou o húmus e as minhocas de novo no compostor para que continuem o seu trabalho na transformação da matéria orgânica em matéria mineral.

Agora já podemos ensinar em casa o que aprendemos e ajudar a proteger as minhocas. Elas não estragam as culturas, pelo contrário, ajudam-nas!