quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

Dia ao contrário

Existe no calendário o Dia da Criança, O Dia da Mãe e o do Pai, o da Floresta, o da Música,...e muitos muitos outros Dias.

Sabiam que também existe o Dia ao Contrário

Este dia assinala-se anualmente no dia 31 de janeiro. Hoje seria um dia de fazer tudo ao contrário mas o mais certo é que o dia de cada um foi exatamente como os outros.

Usando a nossa imaginação tudo é possível e por isso imaginámos como seria este dia onde tudo está virado ao contrário.

No Dia ao contrário...

usa-se os sapatos nas mãos e as luvas nos pés

come-se a sobremesa primeiro e só depois a comida

aquece-se o leite no frigorífico e faz-se os gelados no fogão

para estender a toalha na areia é preciso atravessar primeiro o mar

as crianças vão trabalhar e os pais vão para a escola

quando as pessoas estão felizes choram e quando estão tristes riem

as pessoas andam no céu e os pássaros voam na relva

o sol aparece de noite e a lua brilha de dia

do sol cai a chuva e as nuvens iluminam e aquecem a Terra

os elefantes voam e as águias nadam no rio

a copa das árvores está no chão e o tronco ergue-se para o céu

apanha-se flores no céu e para ver estrelas olha-se para o chão

os telhados das casas pousam no chão e as portas ficam no cimo

na praia a areia é azul e a água amarela

os rios nascem no mar e correm para as montanhas...


Depois de criarmos o nosso poema ao contrário, fizemos as ilustrações que, claro, também representam tudo ao contrário.



quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

Biblioteca: "Aquela nuvem e outras"

Hoje fomos à biblioteca, como é habitual à quinta feira, mas desta vez para ouvir alguns dos poemas do livro de Eugenio de Andrade, "Aquele nuvem e outras", apresentados pelo professor bibliotecário no Kamishibai.

Ficamos a saber que o nome verdadeiro do porta era José Fontinhas e a professora disse que durante uns anos viajou com ele no autocarro e falou um pouco dele.

Depois da atividade na biblioteca voltamos à sala onde a professora nos pôs a ouvir o poema "O sorriso", dito por ele mesmo e ainda o poema "Urgentemente".

Conversámos depois sobre as palavras que era urgente destruir porque magoam e nos fazem mal e as que devíamos poder semear para crescerem. Já temos aqui ideias para trabalhar, um dia!


quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

Nova visita dos colegas do Pré Escolar.

Hoje tivemos uma manhã diferente porque recebemos mais uma vez os nossos colegas de 5 anos do Pré Escolar. Como na última vez trabalhámos matemática, desta vez trabalhámos português.

A sala ficou muito cheia e foi preciso apertar para caberem todos!

A professora contou-nos a história "A ovelhinha preta", um livro pequeno, com desenhos a preto e branco mas muito bonito!

Este livro fala-nos de uma ovelhinha diferente de todas as outras pela cor e por ser um bocadinho distraída, também, nem sempre obedecendo às ordens do Piloto, o cão que queria que o pastor vendesse a ovelha para o rebanho ficar ordenado. O pastor que gostava muito da sua ovelhinha nunca aceitou a ideia, claro, e o Piloto lá continuava a embirrar com ela.

Um dia surgiu uma grande tempestade e foi a ovelhinha preta que conseguiu salvar todo o rebanho, mantendo-o seguro até o pastor e o Piloto chegarem no dia seguinte. Os ciúmes do Piloto aumentaram ainda mais porque o pastor ficou tão feliz que levou a ovelhinha preta ao colo até ao redil.

O pastor passava o tempo a tricotar camisolas, cachecóis e outras peças, com a lã das suas ovelhas. Quando no fim do inverno tosquiou as suas ovelhas, encheu vários sacos com a lã branca e um com a lã preta da ovelhinha e assim ele criou peças com lindos padrões que conseguiu vender a um bom preço no mercado!

Com o dinheiro que ganhou o pastor comprou mais ovelhas pretas e agora tem um rebanho de ovelhas e carneiros pretos, brancos e malhados com muitos padrões, tal como as peças que ele tricotava! Agora são todos diferentes mas todos iguais!

A professora e as educadoras entregaram uma ficha onde assinalámos as personagens da história, contámos sílabas em palavras e identificámos letras para formar palavras. 

Alguns de nós ajudaram os mais pequeninos quando tinham dificuldades.

No fim aprendemos a desenhar ovelhas, vendo um vídeo. É muito fácil e as nossas ovelhas ficaram mesmo bonitas!

Investigadores de joaninhas

 No notícia da nossa saída de campo falámos de joaninhas, dizendo que vimos muitas, muitas.

Um dos comentário era de uma investigadora que costuma trabalhar com os alunos da professora. A professora leu-o e vimos que tinha umas perguntas, desafiando-nos a saber mais sobre este animal.

Fomos conversando, respondendo às perguntas que a professora nos fazia para nos pôr a pensar. A algumas questões respondemos com muitas certezas  com as mesmas ideias, mas a outras, nem por isso, pois as respostas eram muito diferentes.

Para podermos conhecer melhor as joaninhas, fomos investigar, aprendendo muitas coisas:

- as joaninhas são insetos

- há cerca de 5000 espécies de joaninhas

- o número de pintas ajuda a identificar a espécie

- a mais comum em Portugal é  a Coccinella sptempuntacta, conhecida como Dama de 7 pintas (todas têm sete pintas

- podem ser observadas um pouco por todo o lado (jardins, florestas, hortas e zonas agrícolas), espalhadas por todo o país

- a sua cor vermelha brilhante serve de alerta e aviso para os predadores se afastarem

- se forem atacadas por predadores libertam uma toxina, um líquido amarelo malcheiroso

- têm dois pares de asas, as exteriores, vermelhas de pintas pretas, e umas interiores, finas e transparentes

- para se protegerem do frio e da chuva hibernam na fase adulta e são um dos primeiros insetos a ser vistos no início da primavera (o dia parecia de primavera, por isso elas devem ter começado a sair dos seus abrigos para procurar alimento

- nascem de ovos que são postos em grupos na parte de baixo de plantas, onde haja pulgões, para as larvas se alimentarem quando nascem. Se os pulgões acabarem, alimentam-se dos ovos que não eclodiram

- conseguem perceber onde há pulgões pelo aspeto da planta

- são predadores vorazes de pulgões e, como controlam os pulgões, evitando o uso de produtos químicos, são umas excelentes ajudantes para os agricultores

-conseguem fazer viagens a voar durante 20 quilómetros

- são rápidas a voar, conseguindo atingir 60 Km por hora

- duram aproximadamente 2 anos

- ...

Há de certeza ainda mais para saber sobre as joaninhas, por isso vamos continuar a investigar! Há uma coisa que queremos mesmo saber, é como podemos atrair joaninhas para a nossa escola!


sábado, 18 de janeiro de 2025

Charco e caixas-ninho

A nossa escola está a funcionar há 13 anos e, logo desde o início, a preocupação com o ambiente e com o planeta foi constante. A escola nasceu num local árido e foram colocadas apenas uma meia dúzia de árvores. Nestes treze anos dezenas de árvores,  um hotel de insetos, um charco, muitos comedouros para aves e caixas ninho, aumentaram a biodiversidade do espaço da escola!

Logo no primeiro ano nasceu um pequeno charco construído com a ajuda dos pais e de uma turma do 1.º ano e apareceram as primeiras caixas-ninho para atrair os pássaros.

Mais tarde, já com outra turma, a preocupação com as aves deu origem a novas caixas-ninho, à criação e colocação de comedouros, à exploração de guias de aves e a criações artisticas. Para atrair os insetos foi criado um hotel de insetos.

Uma terceira turma usou as tecnologias para conhecer melhor as aves e iniciou o trabalho de construção de um novo charco.

Este sábado, um grupo de pais de uma quarta turma foram à escola para concluir a tarefa de construção do novo charco, preparando o próximo Dia Mundial das Zonas Húmidas

O solo é muito duro e apenas metade do charco tinha sido construída o ano passado, estando já cheio com a água das chuvas. 

Aproveitando o aviso de uma semana de chuvas, foi lançado o desafio e um grupo de valentes pais e um tio apareceu para controlar a tabua-larga que invadiu o charco antigo, para afundar o segundo novo charco, colocar a lona, criar ilhas e abrigos no centro e revestir as bordas com pedras, trabalho a continuar agora com os alunos, aos poucos.

Enquanto uns se dedicavam ao charco, outros faziam a manutenção e limpeza das caixas-ninho, tarefa também urgente pois não faltará muito para as primeiras aves começarem a procurá-las para fazer os seus ninhos!

Numa das caixas encontrámos vários ovos! Talvez a mãe se tenha assustado com alguma coisa e tenha abandonado o ninho! É pena porque no nosso recreio já nasceram muitos chapins, por exemplo!
Os mais pequenos foram uma ajuda preciosa ao apanhar pedras para o charco, ao limpar as caixas-ninho, ao carregar a escada para os colocar, ao espalmar o cartão que foi colocado debaixo da lona e ao colocar entre as pedras as primeiras plantas!

Este trabalho não tem fim, há sempre alguma coisa para fazer e toda a ajuda é preciosa!
O charco já está maravilhoso! Parabéns a todos!